O
documentário MUITO ALÉM DO PESO relata uma preocupante realidade
não só no Brasil, mas também em todo o mundo. A obesidade
infantil, acarreta graves problemas de saúde como trombose,
problemas respiratórios, cardiológicos, circulatórios, diabetes
tipo 2, colesterol alto, depressão dentre outras patologias atípicas
a idade, ou seja restritas aos adultos. Essas crianças obesas e suas
famílias são retratadas de forma bem realista neste épico
documentário.
Só
no Brasil até 2012, data de lançamento do documentário, 33% das
crianças estavam acima do peso. Essa problemática, começou a ser
percebida no fim da Segunda Guerra Mundial, nos EUA, onde produtos
industrializados começaram a ter circulação local e no mundo.
A falta de informação dos pais, sobre alimentos industrializados
somados a falta de tempo para administrar alimentos saudáveis dentro
de casa, faz com que as crianças não saibam nem mesmo os nomes dos
alimentos, que são demonstrados a elas. A Família com a vida
corrida. Não consegue dizer não, a fast-food, e essa lista perversa
de alimentos práticos, vendidos nos Supermercados. Mais de 50% das
crianças com até 1 ano já consomem refrigerantes em sua
alimentação. Afinal sem informação, os pais, acabam por acreditar
em propagandas que dizem que o produto não faz mal aos seus filhos.
Inclusive muitas mães, deixam de lado o aleitamento materno, por
confiar em leite artificial.
A
publicidade infantil é um fator de estrema importância, já que as
crianças são mais vulneráveis a manipulação do marketing. As
industrias vendem a ideia de que o consumidor de um determinado
produto é mais feliz, mais forte, mais completo. Faz com que as
crianças "hipnotizadas" com os programas passem mais de 5
horas em frente a TV. Absorvendo todo o conteúdo que a mídia quer
que ela acredite ser boa. Especialistas afirmam que esse habito é
grande responsável pela obesidade, já que as crianças não brincam
mais, ou seja, não gastam o que consomem. Ficam sedentárias em
frente a TV.
Não
é necessário ser um estudioso da cultura alimentar brasileira, para
perceber que há algo de errado no fato do Ministério da Saúde
defender a empresa McDonald's como sendo a "Parceira da Saúde".
A inversão dos valores é gritante na analise dos fatos. A falta de
segurança pública nas cidades contribui também para a obesidade,
pois em alguns bairros por conta da criminalidade, não é possível
levar as crianças para caminhar, ou brincar na rua com os amigos,
sendo mais seguro ''trancafiar'' as crianças em casa com a TV, vídeo
games e a internet. Dificultando práticas de atividades físicas
normais da idade, como soltar cafifa, brincar de pique, pular corda.
Nas escolas que são a base da educação, não tem nenhuma matéria
que ensine sobre alimentação saudável. E a pratica da Educação
Física foi banida de muitas escolas. Sendo aplicada apenas
teoricamente.
Por
fim, o documentário Muito Além em do Peso, é uma obra que reuniu
especialistas que procuram entender o que esta acontecendo com essa
geração. Antes nos consultórios era comum casos de desnutrição,
hoje é a obesidade que assusta pela proporção. Em
alguns lugares de zona rural, não é possível encontrar legumes e
verduras, mas refrigerantes e industrializados, encontra-se com
facilidade. Um
dos especialistas Jamie Oliver, afirma que nossos filhos irão viver
10 anos a menos por causa da alimentação desapropriada. É preciso
rever leis, e mudar hábitos em todos os setores, dentro de casa, nas
escolas, nas propagandas, no governo para que essa pandemia tenha um
fim. Trata-se de uma questão de saúde pública e precisa ser
visto com urgência e atenção. Afinal
de cada 5 crianças obesas, 4 permanecerão assim na vida adulta. E
esse adulto provavelmente gerará futuras crianças obesas, tornando
essa doenças um círculo eterno e crescente.
Por Amanda Amaral
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